Data centers Microsoft, Amazon e Google só têm a ganhar com a padronização das entradas de alimentação de energia
Angela Garner*
Há aproximadamente 30 anos, a rede mundial começou a tomar a forma da tão conhecida “Internet”. A capacidade de conectar de imediato pessoas e empresas ao redor do mundo tornou-se possível e simplificou a forma como fazemos negócios e nos comunicamos. Hoje um serviço tão essencial quanto água ou energia elétrica, a Internet depende de data centers para existir.
Data Centers podem ter diferentes formatos, mas todos são fundamentalmente responsáveis por processar, armazenar e entregar informação. Com mais de 57% da população mundial acessando a internet (dados da Internet World Stats, 2019), a indústria de data centers precisa se adaptar continuamente para manter-se relevante e atender às novas demandas dos consumidores.
Com o aumento do trabalho remoto e dos serviços de streaming da Internet, os consumidores anseiam por velocidades de conexão extraordinariamente rápidas. A única forma de alcançar essa meta é contar com mais data centers, mais equipamentos de TI e mais energia.
Para assegurar rápidas velocidades de conexão, os sites e data centers de edge computing precisam estar localizados perto dos consumidores.
Isso exige que empresas como a Google, Amazon e Microsoft – entre outros grandes do mercado global de data centers – implementem unidades em várias regiões do mundo. Trata-se de algo que já está acontecendo nos mercados brasileiros e latino-americanos. Embora a presença de data centers hyperscale a serviço dessas grandes marcas dinamizem as economias locais, outros desafios surgem deste contexto.
Um dos principais desafios é o fato de que as configurações de energia não têm um padrão universal. Gigantes que escoram seu crescimento em estratégias globais muito bem planejadas, empresas como Microsoft, Amazon e Google têm de dar um passo atrás – o que atrasa a disseminação da economia digital – quando se trata de um detalhe essencial da infraestrutura de seus data centers. Hoje, um único modelo de Rack PDU (rPDU) não pode ser implementado globalmente em todos os data centers.
A razão disso é que existem diferenças regionais em relação aos padrões de entrada de alimentação.
Servidores e equipamentos de rede são projetados para trabalhar com uma tensão de entrada na faixa de 100V a 240V. A boa notícia é que, se o padrão de entrada de alimentação varia por região, o hardware que garante a continuidade da oferta de energia permanece o mesmo em todo o planeta.
Mas, por hora, é correto dizer que a indústria de Distribuição de Energia nos Racks não se adaptou às estratégias globais de expansão dos data centers hyperscale.
Isso se torna evidente quando consideramos a quantidade de modelos de rPDUs que uma empresa global de data centers precisa adquirir para suportar a expansão de seus negócios. Por exemplo, uma empresa de data centers global, com presença em 7 diferentes países, com 7 diferentes configurações de alimentação de entrada de energia, precisará comprar 7 modelos diferentes de rPDUs. Se a isso forem acrescidas as necessidades variáveis de capacidade de alimentação ou de monitoramento – algo que muda de acordo com cada rack ou gabinete –, esse número poderia duplicar ou até mesmo triplicar.
Gerenciar tantos modelos de rPDUs e coordenar qual modelo vai para cada data center é complicado, exaustivo e custoso.
A face do mercado global de data centers mudaria se um fabricante de rPDUs pudesse oferecer uma plataforma de rPDUs com várias opções de montagem, de receptáculos e de monitoramento, uma infraestrutura capaz de dar entrada a qualquer configuração de alimentação de energia.
Um data center poderia simplesmente selecionar um único modelo de rPDU a ser implementado globalmente e comprar, com escala planetária e excelente custo/benefício, o cabo de alimentação apropriado para atender a todas as necessidades regionais.
Isso simplificaria a gestão de inventário e reduziria significativamente o tempo de implementação da nova infraestrutura digital.
Como uma Rack PDU universal ajudaria os data centers globais?
- Simplificando a gestão de inventário
- Facilitando as Compras
- Reduzindo os tempos de implementação
- Dando flexibilidade à entrada de alimentação
Essa evolução teria impacto imediato sobre as economias onde os grandes data centers hyperscale estão instalados.
Em outras palavras: é hora dos fabricantes de rPDUs oferecerem um Rack PDU universal!
* Angela Garner é especialista em ofertas de Rack PDUs da Vertiv.